quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

RS e os Pinscher-uma história cheia de ternura

Vou contar-vos uma história que se passou comigo este verão. Uma história que termina bem! (eu sou assim, não estou cá para surpresas, digo-vos já que acabou bem para não irem já para o fim do post como faz a minha mãe quando lê um livro)
Então é assim... (para não dizer "Era uma vez") eu sempre odiei os pinscher. Achava um cãozinho irritante, sempre a ladrar para os estranhos como se fossem, ui, uns cães muito grandes! Então ao entrarmos no Pingo Doce junto à casa do Sr. F tinha quase sempre lá um amarrado, que ladrava cheio genica quando alguém passava por ele, eu olhava com desdém e dizia "qualquer dia levas um pontapé neste cu!".
E era assim, eu nutria um certo odiozinho por estes cãozinhos!
Certo dia, uns tempos mais tarde, em pleno mês de Agosto de 2011, a caminho da nossa banhoca no mar, eu e o Sr. F encontramos um pinscher, aquele cãozinho irritante, mas este não... Este amoleceu logo o meu coração, era mesmo pequenino, irrequieto como todos os outros, mas pareceu afeiçoar-se logo a nós! Fizemos miminhos. E continuamos o nosso caminho. Mas ele continuava insistentemente a acompanhar-nos, e eu ficava com o coração apertadinho de ver um bichinho tão pequeno e sem dono. Resolvemos então levá-lo a casa antes de ir ao banho. A caminho encontramos uma vizinha minha que me dissera que encontrara o canino mas poderia ficar com ele. Qual não é o meu espanto que ao regressar a casa a desgraçada da vizinha já tinha ido arrecadar o pobre canino outra vez. Explicações da vizinha: " ai afinal o meu filho quer o cão, ai porque um cão daqueles custa 500 euros" (conversa de pobre...de espírito!) Vocês não imaginam a minha revolta e tristeza! Desgraçada o cão nem era dela, como pôde ir pedi-lo de volta? Ainda por cima já tinha dois caozões enormes, e eu já imaginava o piqueno na boca deles...
Seis meses passaram...
E a tola da mulher a apregoar aos sete ventos que tinha um pinscher que custava 500 Euros!!! Mas que o tinha encontrado na rua... foi a morte do artista! No "diz-que-disse" a verdeira dona descobriu onde se encontrava o seu pobre pinscher desaparecido! E foi lá reclamar com o marido-e fez muito bem- e a vizinha não quis dar- e fez muito mal- e a dona verdadeira chamou a polícia onde se comprovou através do chip de quem era o cão- e fez muito bem! E eu fiquei muito contente pelo pobre canino e pela dona verdadeira!

Durante esta temporada as minhas sobrinhas receberam uma pinscher que é o verdadeiro demónio, mas à qual pude transmitir o afecto que não pude dar ao outro canino.


Esta é a Tita





2 comentários:

  1. Ai o karma! Imagino a felicidade da dona e do bicho no reencontro. :)

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  2. caso pra dizer...
    Mais depressa se apanha uma "mete nojo" que um pinscher!!!
    Bela historia, gosto knd as coisas dão certo no final.

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